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Empresário: Predador ou Parceiro da Sociedade? Hobbes vs. Rousseau

  • 11 de jun.
  • 2 min de leitura

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No mundo dos negócios, a figura do empresário é frequentemente polarizada: para alguns, ele é um visionário que impulsiona a economia; para outros, um explorador que prioriza lucro acima de tudo. Mas qual visão está correta? E o que dois dos maiores filósofos da história, Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau, teriam a dizer sobre isso?

Neste artigo, vamos explorar essas perspectivas filosóficas e como elas se aplicam ao empreendedorismo moderno.

1. Hobbes: O empresário como "predador" em um mundo competitivo

Thomas Hobbes, em sua obra "Leviatã" (1651), descreve o estado natural do homem como uma guerra de "todos contra todos", onde o ser humano é movido por interesse próprio e sobrevivência.

Como isso se aplica aos negócios?

  • Visão do mercado como uma selva: Competição acirrada, onde empresas buscam dominar mercados (Ex.: monopólios, práticas agressivas, etc.);


  • Foco no lucro como sobrevivência: Se o ambiente é hostil, o empresário age como um "predador", priorizando resultados, mesmo que à custa de colaboradores ou da sociedade;


  • Exemplo atual: Grandes empresas que exploram mão de obra barata ou sonegam impostos para maximizar ganhos.

Crítica Hobbesiana:

"Se não houver regras rígidas (leis, impostos e ética), o empresário age apenas em benefício próprio, reforçando desigualdades."


2. Rousseau: O Empresário como "Parceiro Social"

Jean-Jacques Rousseau, em "Do Contrato Social" (1762), acreditava que o ser humano é naturalmente bom, mas a sociedade o corrompe. Para ele, o bem coletivo deve vir antes do individual.


Como isso se aplica aos negócios?


  • Empresas com propósito: Negócios que resolvem problemas sociais (Ex.: sustentabilidade, diversidade, inclusão, etc.);


  • Economia colaborativa: Modelos como cooperativas, comércio justo e ESG (Environmental, Social and Governance);


  • Exemplo atual: Empresas B e startups de impacto que reinvestem lucros em causas sociais.


Visão Rousseauana:

"O verdadeiro empresário é aquele que entende seu papel na sociedade e contribui para um ‘contrato social’ justo."


3. Quem está certo?

Nem predador, nem santo, o empresário moderno precisa equilibrar competitividade e responsabilidade social. Algumas reflexões:


Hobbes tinha razão sobre a competição?

Sim, o mercado é disputado, e empresas precisam ser eficientes para sobreviver.


Rousseau estava certo sobre colaboração?

Sim, negócios que ignoram seu impacto social perdem relevância no longo prazo.


O Caminho do Empreendedor Consciente:


Lucro + propósito: Como o capitalismo consciente.

Regulação inteligente: Leis que incentivem competição justa e inovação social.


Conclusão: Qual empresário você quer ser?

A disputa entre Hobbes e Rousseau ainda define muitos debates econômicos. Enquanto Hobbes nos alerta sobre os riscos da ganância desregulada, Rousseau inspira negócios mais humanos. O desafio do empreendedor do século XXI é conciliar os dois: ser competitivo sem ser predador e lucrativo sem explorar.


Pergunta para reflexão:

"Se sua empresa fechasse amanhã, a sociedade sentiria falta?"


Ainda tem dúvidas? Deixe nos comentários, entre em contato conosco ou consulte o Portal do Empreendedor para mais informações.


Fontes:


1. Harvard Business Review (HBR) - "The Competitive Advantage of Corporate Philanthropy" (Porter & Kramer, 2002): https://hbr.org/2002/12/the-competitive-advantage-of-corporate-philanthropy ou https://www.fsg.org/wp-content/uploads/2021/08/Competitive_Advantage.pdf 2. "Leviatã" (1651) por Thomas Hobbes: https://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/marcos/hdh_thomas_hobbes_leviatan.pdf 3. "Do Contrato Social" (1762) por Jean-Jacques Rousseau: https://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/marcos/hdh_rousseau_contrato_social.pdf

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